Neste ano, a CASSI tem um motivo relevante para dar ainda mais atenção ao Setembro Vermelho, campanha voltada à conscientização sobre os riscos e formas de prevenção das doenças cardiovasculares (DCV). Um estudo interno revelou que 110 mil participantes – funcionários e aposentados do BB e seus familiares – convivem com essas doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Esse número corresponde a 18,7% dos participantes e chama atenção ao se considerar que a prevalência dessas doenças na população brasileira é de cerca de 9%.
O maior percentual de DCV entre os participantes da CASSI tem relação direta com a grande concentração de idosos no plano: 181 mil pessoas com 60 anos ou mais, que representam 32,2% dos beneficiários. Como as DCV são mais frequentes nas faixas etárias mais avançadas, o resultado é esperado, mas reforça a necessidade de investimento em prevenção e promoção de saúde.
As DCV podem ser evitadas ou controladas quando há detecção precoce de fatores de risco como o sedentarismo, o tabagismo, a hipertensão, o diabetes, o colesterol alto e a obesidade. Com o acompanhamento adequado, tratamento correto, prescrito por médico, e adoção de hábitos saudáveis, é possível reduzir significativamente a ocorrência de complicações como insuficiência renal ou amputações causadas por problemas de circulação, que trazem limitações importantes ao dia a dia.
Quando não tratadas, as doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e arritmias, podem evoluir para condições mais graves, como infarto, AVC ou doença arterial coronariana. Essas complicações não apenas colocam a saúde em risco, mas também podem comprometer de forma significativa a qualidade de vida. O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado fazem toda a diferença, pois permitem iniciar o tratamento no momento certo e adotar hábitos de vida mais saudáveis.
Principais condições associadas à DCV na CASSI
Causas da DCV na CASSI
A pesquisa sobre as DCV usou estudos específicos sobre presença de diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia entre os participantes. Foram analisados os registros de Classificação Internacional de Doenças (CID) nos prontuários dos pacientes atendidos nas CliniCASSI e os procedimentos autorizados e pagos que estão vinculados especificamente ao tratamento de DCV entre 2017 e 2023.
O resultado chama atenção: em apenas sete anos, a prevalência de DCV entre participantes passou de 7,2% para 18,7%. “Esse comportamento precisará ser observado nos próximos anos para avaliar a curva de crescimento e entender os motivos”, diz o gerente de Avaliação em Saúde Denilson Furtado.

Aumento do risco
Outro alerta revelado pela pesquisa é a associação de DCV com outras doenças crônicas, o que aumenta o risco de complicações. Dos 110,5 mil participantes com doenças cardiovasculares na CASSI, 74,2% convivem com uma ou mais condições crônicas associadas, o que aumenta o risco de agravos.
DCV com outras doenças
Impacto na saúde pública
As DCV são consideradas um dos principais desafios atuais da saúde pública pelo impacto para a própria pessoa, a sociedade e o sistema de saúde.
As condições mais letais são o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral, que juntos representaram 85% das 17,9 mil mortes por DCV no mundo em 2019. Além disso, estão associadas a maior risco de incapacidade, comprometendo mobilidade, raciocínio, fala e qualidade de vida.
As doenças cardiovasculares incluem ainda doença arterial periférica, cardiopatias reumáticas e infecciosas, cardiopatias congênitas, trombose venosa profunda e embolia pulmonar, compondo um conjunto de enfermidades que seguem entre as principais ameaças à saúde global.
Veja outros destaques da pesquisa sobre doenças cardiovasculares na CASSI que estão no Boletim Epidemiológico que está sendo apresentado no 80º Congresso Brasileiro de Medicina, realizado dessa quinta-feira, 18 de setembro, a sábado, 20, em São Paulo, capital.
Aumento dos registros
A maior prevalência em relação ao percentual da população por região é no Sul do país e menor, no Norte.
A quantidade de pessoas com a doença é maior em SP, estado que concentra o maior número de participantes. Detalhes do perfil por região estão podem ser vistos no documento completo. Clique aqui.