No dia Mundial do Câncer, Cemig Saúde reforça a importância da doação de medula óssea

Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Câncer, data que tem como objetivo aumentar a conscientização e a educação sobre a doença, além de influenciar governos e indivíduos para que se mobilizem pelo controle do câncer.

Também neste mês, a campanha Fevereiro Laranja, nos chama a atenção para conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia – um tipo de câncer do sangue. A leucemia afeta os glóbulos brancos do sangue e tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais.

Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas. Atualmente, a doença ocupa a 9ª posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres. A leucemia é o tipo de câncer mais comum na infância. Ainda não se sabe, mas evidências sugerem que a doença pode estar relacionada a mutações genéticas que levariam à produção desordenada de células sanguíneas.

Outras mutações poderiam combinar com fatores ambientais e desencadear a doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), existem mais de 12 tipos de leucemia. A doença é dividida em dois estágios, de acordo com a velocidade com a qual a doença evolui.  A leucemia aguda tem como característica o crescimento rápido e em um curto intervalo de tempo das células imaturas do sangue – as células leucêmicas. Por sua vez, a leucemia crônica, na maioria dos casos, tem evolução lenta, mas é resistente à ação da quimioterapia, o que reduz as chances de cura.

O diagnóstico precoce é uma das melhores estratégias para identificar o tumor ainda na fase inicial e, consequentemente, aumentar as chances de cura por meio de tratamentos. A principal maneira de identificar a leucemia é a investigação por meio de exames clínicos. Por isso, mantenha suas consultas ao Conexão Saúde em dia. O médico de referência acompanhará seu histórico de saúde e solicitará, sempre que necessário, exames para avaliação.

Há também sinais que devem alertar os pacientes, como: como sangramento nas gengivas e no nariz, inchaço no pescoço, cansaço, dores nos ossos e nas articulações, febres que podem vir acompanhadas de suores noturnos, perda de peso, aparecimento de manchas rochas ou avermelhadas na pele, palpitações e sensações incômodas na região abdominal. A leucemia, ao provocar a redução dos glóbulos brancos, pode acarretar em baixa imunidade e deixar o organismo sujeito a muitas infecções – em sua maioria, graves ou recorrentes.

Fui diagnosticado com leucemia e agora?

Sabemos que o diagnóstico de um câncer não é uma notícia fácil a ser recebida. Porém, é fundamental não se esquecer de que a leucemia tem tratamento e cura, ou seja, o diagnóstico não é uma sentença de morte. O tratamento tem a intenção de matar as células cancerosas e retornar à produção das células sadias. Durante o tratamento quimioterápico, há um controle das infecções, das hemorragias e um foco maior no cuidado da doença no Sistema Nervoso Central, o que abrange o cérebro e a medula espinhal. Pacientes que não respondem satisfatoriamente a esse esquema terapêutico podem beneficiar-se com o recurso do transplante de medula óssea.

Como é o transplante de medula óssea?

O transplante não ocorre por processo cirúrgico e pode ter início com células do próprio paciente ou com as células do doador. A doação se inicia quando o doador procura o hemocentro de sua cidade, retira cinco ml de sangue e assina um termo de consentimento da coleta deste material. Seus dados são armazenados no banco e se algum dia for compatível com um paciente que necessite do transplante, este doador é chamado pelo hemocentro para fazer mais alguns exames que constem que está bem de saúde. Após essa etapa e confirmada as boas condições de doação, o doador é internado e pode realizar a doação por pulsão, com a retirada da medula óssea pelo osso da bacia com uma agulha, ou por aférese: com a administração de um medicamento as células sadias se proliferam e a doação é realizado como uma doação de sangue.

O cadastro para a doação é muito importante, pois a cada cem mil pacientes, apenas um doador é compatível. Quanto mais doadores tiver, maiores serão as probabilidades de compatibilidade entre as pessoas.

Por isso, se estiver em boas condições de saúde, procure o Hemocentro de sua cidade e faça o cadastro para doação de medula óssea. Sua atitude pode salvar vidas!