Fique atento ao excesso de exames. Saiba mais!

Imagine uma pessoa jovem e saudável, com menos de 30 anos, que resolve fazer um check-up para ver como está sua saúde. Ao receber os exames, ela descobre que seu colesterol está acima do normal. Surge a sensação de desespero, o medo e uma constatação: “estou doente”. A pessoa então começa a usar medicamentos diariamente e passa a sofrer com um medo contínuo de que seu quadro de saúde piore.

Essa é uma situação comum e bastante perigosa. Principalmente porque, na maioria dos casos, a pessoa faz o check-up sem apresentar nenhum sintoma ou sinal de doença e é orientada a fazer um tratamento que não deveria. O colesterol alto em uma pessoa saudável, por exemplo, é sinal de alerta, mas não significa que ela necessariamente deva fazer uso de medicamentos. Na verdade, a adoção de uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, em muitos casos, já ajudam a manter as taxas de colesterol em perfeito equilíbrio.

Os perigos de exames em excesso

Você já ouviu falar de iatrogenia clínica? Esse termo diz respeito a qualquer tipo de problema que possa surgir após um paciente passar por um procedimento médico ou de assistência, como uma cirurgia ou o uso de medicamentos, por exemplo.

Há diversos tipos de situações que demonstram as consequências perigosas de fazer exames em excesso. O raio-X, por exemplo, tem efeito cumulativo no corpo humano e, quando realizado de maneira indiscriminada, pode lesionar os tecidos do organismo. O excesso de intervenções médicas ainda pode fazer com que o indivíduo entre em sofrimento psicológico, uma vez que a ida ao médico é motivo de preocupação para muita gente.

É importante entender que todo procedimento médico apresenta um risco, mas é possível reduzir as chances de que algum evento adverso aconteça – basta fazer os exames médicos apenas quando for estritamente necessário.

Qual a frequência certa para realizar exames e manter sua saúde em dia?

Se você chegou até aqui, deve estar se perguntando se o certo é que uma pessoa realize exames e procedimentos médicos apenas quando estiver doente. Mas não é bem assim. Na verdade, a orientação é jamais decidir por conta própria em qual momento e periodicidade você deve realizar um exame, estando sempre em contato com seu médico de referência para entender quando um procedimento é realmente necessário.

Vamos pegar como exemplo a mamografia de rastreamento. O Ministério da Saúde orienta que esse exame seja realizado a cada dois anos por mulheres com idade entre 50 a 69 anos. Há quem insista em fazer o procedimento fora dessa faixa etária e periodicidade, mas o próprio Ministério afirma que há mais riscos do que benefícios nessa prática. Isso porque as chances de que ocorram resultados falso-negativos ou positivos são maiores, o que pode acarretar preocupações e novas solicitações desnecessárias de exames.

Portanto, estar sempre em contato com seu médico de referência para saber quando realmente é hora de fazer um exame é algo imprescindível, e também é muito importante que você jamais faça um procedimento por conta própria. Consultou-se com um especialista ou um médico desconhecido e ele indicou um novo exame? Questione se ele é realmente necessário, qual é o seu objetivo e sua eficiência para o diagnóstico.

Se você quer saber mais sobre o assunto, acesse o nosso Blog Viva+ – por lá, preparamos uma matéria completa sobre os riscos de fazer exames em excesso e como se prevenir contra esse tipo de situação. Clique aqui para conferir!