Violência contra a mulher durante a pandemia aumenta. Saiba como denunciar!

Desde que o isolamento social foi colocado em prática, como forma de evitar novos casos de COVID-19, um número vem crescendo a cada dia – e não apenas o de vítimas do Coronavírus. Estamos falando dos índices de violência contra a mulher, que registraram grande aumento no Brasil e no mundo.

Segundo o documento Violência Doméstica durante a Pandemia de COVID-19, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o feminicídio cresceu 22,2% em 12 estados brasileiros entre março e abril de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve queda dos casos apenas em três estados: Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Entre os principais motivos para o aumento dos números de feminicídio e violência estão o desemprego, a queda da renda das famílias e a maior convivência entre as mulheres e seus agressores, o que impossibilita que elas busquem ajuda, caso sofram algum tipo de violência. Assim, os casos de violência contra as mulheres podem ser ainda mais altos, pois é possível que existam muitos casos subnotificados (ou seja, quando eles não são identificados).

Esse cenário levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) a criarem a campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”, que encoraja vítimas de violência a denunciarem agressões em farmácias. Profissionais de mais de 10 mil farmácias de todo o país, que são filiadas às entidades, foram orientados a receber a denúncia e acionar a polícia para combater os números de violência.

Com isso em mente, é muito importante que toda a população se conscientize de que, ao mesmo tempo em que a pandemia vem colocando a saúde das mulheres em estado de vulnerabilidade, ela também comprometeu a rede de apoio de vítimas de violência. Por isso, é essencial que todos atuem em prol dessa causa e ajudem a romper o ciclo de violência.

Como denunciar um caso de violência doméstica?

• Por telefone: disque 180 (Central de Atendimento à Mulher)

• Presencialmente: procure a Polícia Civil, a Delegacia de Defesa da Mulher ou, no caso de cidades sem unidades de atendimento especializadas, locais como farmácias, postos de saúde, casas de abrigo, centros de referência, entre outros