Gripe aviária no Brasil: tire dúvidas sobre a doença

Os casos foram registrados em aves silvestres, o que exclui riscos em consumir carne de frango ou ovos.

 
Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou 31 casos de gripe aviária do subtipo H5N1 pela primeira vez no Brasil. Provocada pelo vírus influenza A, a condição raramente acomete os humanos e é conhecida como gripe do frango ou influenza aviária.
 
 
Mas, você sabe exatamente quais são os sintomas da doença? Tem receio de que possa pegar a virose ao consumir carne de frango?
 
 
Não fique imaginando coisas, leia o post a seguir e tire dúvidas sobre gripe aviária.
 
 
Consumo de frango é seguro no país
Antes de mais nada, é fundamental esclarecer que não existem motivos para pânico, pois todos os casos investigados e confirmados foram em aves silvestres migratórias - a maioria em espécies marinhas, como as gaivotas e trintas réis-de-bando. Por ser o estado com mais focos, as famosas ilhas da orla de Itapuã, Vila Velha e na região de Guarapari, no Espírito Santo, estão fechadas aos turistas por tempo indeterminado.
 
 
A boa notícia é que não houve nenhum caso, nem mesmo coleta para análise, em aves de granja. Ou seja, voltadas para a alimentação. Em outras palavras, o saboroso frango de padaria segue garantido no almoço de domingo. O mesmo vale para os ovos, que podem ser consumidos tranquilamente.
 
 
Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não fez nenhuma alteração no status brasileiro de livre da IAAP (influenza aviária de alta patogenicidade) por não haver ocorrências na produção comercial. Contudo, o esforço em evitar que o H5N1 chegue aos aviários é grande, visto que somos o principal exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor global, atrás dos EUA.
 
 
O ser humano pode pegar gripe aviária?
Sim, o ser humano pode pegar gripe aviária. No entanto, não tem histórico de fácil infecção, muito menos altas taxas de transmissão. Em 20 anos, 874 pessoas tiveram gripe aviária no mundo. De todas elas, segundo a OMS, nenhum brasileiro sequer. Até o presente momento, não há registros de episódios em que uma pessoa adoecida tenha passado para outra.
 
Todavia, a recomendação de quarentena é necessária se houver qualquer tipo de contato com aves contaminadas. Para saber se isso ocorreu, basta observar alguns sinais que as infectadas apresentam, entre eles, estado geral caído, andar cambaleante, convulsões, dificuldade respiratória, inchaço nos olhos, tosse e espirros.
 
Caso veja alguma ave passando mal ou morta, o Ministério da Saúde é categórico sobre não se aproximar, muito menos tocar ou recolher, e sim acionar imediatamente o serviço veterinário ou sanitário mais próximo. Em contato direto com as secreções e fluídos de um
animal doente sem equipamentos de proteção, como máscara e óculos, as chances de contrair a gripe aviária são grandes.
 
 
Quem corre mais risco de pegar gripe aviária?
Os profissionais da linha de frente no combate a qualquer surto ou pandemia são os que correm mais riscos de contrair um vírus, como o da gripe aviária, por exemplo. Da mesma forma, aqueles que trabalham diretamente com aves, como biólogos, agentes sanitários e criadores. Porém, é esperado que essas classes sigam adequadamente as medidas de prevenção e controle.
 
Agora vamos imaginar que você conheça alguém que tenha adoecido ou esteja com medo de passar por essa experiência. Por isso, não custa nada saber que os sintomas da gripe aviária são parecidos com os da gripe comum e geralmente começam a aparecer de dois a oito dias após o contato com o vírus. As principais manifestações clínicas incluem: dor de garganta, febre acima de 38°C, dor no corpo, mal-estar, calafrios, fraqueza, dor abdominal, tosse seca, espirros e secreção nasal.
 
A gripe aviária tem cura e o tratamento é baseado no uso de analgésicos, antitérmicos e remédios para náuseas. Dependendo do estágio, o médico pode recomendar medicamentos antivirais. Quando se fala em formas graves, grande parte dos pacientes terá pneumonia, além de outras complicações que podem variar de acordo com o organismo. O importante é estar atento aos sinais e procurar atendimento o mais rápido possível.
 
Informação também é uma forma de prevenção!