25 de maio: Dia Internacional da Tireoide

Alteração na glândula podem causar diversos sintomas e pacientes com disfunções na tireoide devem ser acompanhados por um endocrinologista e verificar dosagem hormonal periodicamente

 

 
O Dia Internacional da Tireoide é 25 de maio. A data foi criada em 2008 para conscientizar a população da importância da detecção precoce e tratamento das doenças relacionadas à glândula. A tireoide tem formato de borboleta e está localizada na região anterior do pescoço. Produz três hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo: a tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) a calcitonina. Os dois primeiros estimulam o metabolismo.
 
 
Segundo Rafael Mendonça Rey dos Santos, coordenador médico do Centro de Qualidade de Vida (CQV) do GNDI Sul, o T3 e o T4 atuam ainda na regulação do crescimento e desenvolvimento celular, sendo especialmente importantes na vida intrauterina. “Ambos são formados por um aminoácido chamado tirosina conjugado a três moléculas de Iodo (T3 – triiodotironina) ou a 4 moléculas (T4, ou tiroxina). A calcitonina, por sua vez, atua na regulação do metabolismo do cálcio. Quase todos os tecidos do corpo têm receptores para esses hormônios. Esse estímulo provocado por eles faz com que as células aumentem sua energia”, diz Rafael dos Santos, coordenador médico do Centro de Qualidade de Vida (CQV) do GNDI.
 
 
O mau funcionamento da tireoide pode causar duas disfunções: hipertireoidismo e o hipotireoidismo. O hipotireoidismo é o mais comum e é causado na maioria das vezes por uma diminuição da secreção de hormônios tireoideanos. “Essa deficiência diminui de forma geral o metabolismo energético do nosso organismo. Os principais sintomas desta doença são cansaço excessivo, cabelos e unhas quebradiços, perda de cabelo, pele seca, podendo, em situações mais graves, causar perda de massa muscular e ganho de peso”, explica o coordenador médico do CQV.
 
 
Ele acrescenta que os sintomas do hipertireoidismo são palpitações, agitação, irritabilidade, pele oleosa, sudorese, dificuldades com o sono e perda de peso. “Vale destacar que todos esses sintomas podem também ser causados por algumas outras doenças, ou seja, não é porque estão presentes que necessariamente a pessoa tenha problemas na tireoide”, afirma Rafael dos Santos.
 
 
O diagnóstico das duas doenças é feito por meio de exames de sangue. O tratamento é conduzido por um médico endocrinologista, que irá avaliar as causas da doença em cada paciente. Quem receber esse diagnóstico também deve verificar a dosagem hormonal periodicamente.
 
 

Apenas 5% dos nódulos na tireoide são cancerosos

 
 
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia estima que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. No entanto, apenas 5% deles são malignos. Se um nódulo for identificado, o endocrinologista solicita exames complementares para descartar ou confirmar a presença da doença. Rafael dos Santos aponta que, mesmo quando malignos, os nódulos da tireoide não são frequentes causadores de morte.
 
 
O diagnóstico de um nódulo maligno é feito normalmente a partir de uma ultrassonografia da tireoide e da observação das suas características no exame. “Dependendo destas características, é feita uma biópsia, que costuma ser realizada por meio de uma punção deste nódulo guiada por ultrassom. Não é necessário submeter-se a este procedimento de forma rotineira. Deve ser feito apenas após a detecção de alguma anormalidade”, finaliza Rafael.