Quando a queda de cabelos pode ser caracterizada como doença em mulheres?

Fios na escova, no chão do banheiro ou no travesseiro, em excesso, pode ser sinal de calvície, chamada também de alopecia feminina

É comum perder cabelo e a quantidade de 60 a 100 fios por dia está dentro do padrão preconizado como normal pela Sociedade Brasileira de Cabelo. No entanto, quando a queda é excessiva pode caracterizar a alopecia feminina: redução total ou parcial de cabelos em alguma região da cabeça, conhecida também como calvície.

As causas da alopecia são variadas: micose no couro cabeludo; uso de medicamentos; reação hormonal pós-parto, dietas desequilibradas, falta de vitaminas, doenças como hipotireoidismo e hipertireoidismo; utilização de produtos químicos inadequados e até estresse.

Sobretudo para as mulheres, a alopecia causa alteração na aparência física e interfere na autoestima. Por isso, se você percebeu que os fios estão mais ralos, finos e até perderam cor, vale procurar a ajuda de um profissional na área da dermatologia.

Diagnóstico

Esse especialista poderá detectar as causas da perda anormal de cabelo por meio de exames de sangue para a análise de hormônios da hipófise, da tireoide, da supra-renal e dos ovários. O médico também poderá avaliar com mais profundidade o metabolismo da paciente, como as reservas de ferro, zinco, cobre e vitaminas. Outra alternativa é a solicitação de uma biópsia do couro cabeludo. Como as causas da alopecia são variadas é importante que cada caso seja tratado de forma individual.

Tipos de alopecia

As alopecias podem ser classificadas como cicatriciais ou não cicatriciais. A incidência das alopecias cicatriciais é mais rara. Pode causar uma perda definitiva dos fios e estar relacionada a doenças como lúpus, diabetes, tumores ou infecções e doenças dermatológicas, entre outras, além de traumas e exposição à radiação. Daí a importância de identificar logo o problema para que os danos ao couro cabeludo não sejam irreversíveis.

Já as alopecias não cicatriciais podem ser caracterizadas como:

  • Alopecia androgenética: é bastante frequente e mais comum em homens. É resultado de uma reação aos hormônios masculinos no corpo, especificamente o DHT (diidrotestosterona), que atua dentro dos folículos, e que desencadeia a morte das células que produzem os fios. A ocorrência em mulheres se deve ao fato de quadros chamados androgênicos, quando a alopecia se comporta com padrão semelhante em homens, porém sem alteração dos hormônios do eixo masculino.
  • Alopecia areata: é mais comum quando falamos em calvície feminina. Nesse caso, a perda de cabelo se deve à alteração no sistema imunológico. Leva ao aparecimento de uma área pequena e arredondada totalmente sem cabelos. Pode ser do tamanho de uma moeda ou maior. Raramente a queda dos fios é completa.
  • Alopecia de tração: normalmente acomete mulheres que usam cabelos presos (penteados muito repuxados e apertados). É mais comum perceber falhas nas têmporas ou na implantação de cabelos na testa.