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Já ouviu falar de seletividade alimentar na infância? Isso ocorre quando a criança se limita a comer alimentos com o mesmo padrão de sabor ou textura e se recusa a experimentar outras opções. Ou seja, uma pessoa seletiva não deixa de consumir um item de forma isolada – ela perde significativamente o interesse por um sabor até excluir grupos alimentares inteiros e privar-se constantemente de refeições.
“Mais do que uma pessoa exigente ao escolher o que comer, quem tem seletividade alimentar costuma preferir os mesmos alimentos, ter aversão sensorial a certos sabores, texturas ou cores, assim como pode apresentar pouco apetite e interesse em se alimentar”, explica a pediatra do Sempre Saúde de Belo Horizonte, Dra. Tatiana Cordeiro Lana Teixeira. Além disso, resistência a provar alimentos ou alta rejeição por determinadas categorias alimentares “pode vir acompanhada de alterações comportamentais como irritabilidade, agitação durante a refeição e aparente perda de apetite”, completa.
Fatores biológicos como transtornos de comportamento e distúrbios gastrointestinais, questões emocionais, alta sensibilidade sensorial, ambiente familiar para as refeições, forma como os cuidadores lidam com a nutrição da criança, experiências desagradáveis relacionadas ao ato de se alimentar podem estar relacionados à seletividade. Portanto, estimular a introdução gradual de alimentos variados na infância é essencial.
A família deve observar se a saúde da criança está comprometida. Isso porque a seletividade alimentar severa pode resultar em dificuldade de ganho de peso e de crescimento, carências nutricionais e atrasos na fala e na socialização. Nessas situações, é recomendável ter acompanhamento multidisciplinar com pediatra, nutricionista, fonoaudiólogo e psicólogo.