Médica da CliniCASSI e paciente mostram porque o acompanhamento por equipe de saúde é a melhor opção
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“Cansei de ser vista de forma fragmentada”, diz a associada Maria Elisa de Almeida Mariz, aposentada do Banco do Brasil. Ela é uma das primeiras a dar continuidade ao acompanhamento pela sua equipe de saúde que passou a atender na nova CliniCASSI Jabaquara, recentemente inaugurada na Zona Sul de São Paulo. “A estrutura já encanta. Não pago metrô, chego fácil aqui, onde está meu histórico, tenho acesso a um médico que me conhece e não fico na sala de espera de um hospital”, resume.
Há dois anos esse modelo de cuidado passou a fazer sentido para ela. “Eu tinha ginecologista, endocrinologista e cardiologista, precisava de alguém que juntasse os pontos, então descobri que na CliniCASSI isso poderia acontecer.” Ao se vincular a uma equipe de Atenção Primária à Saúde (APS), no Centro da Capital paulista, Maria Elisa entendeu que fazia sentido manter um diálogo com profissional de saúde que atendesse de forma personalizada. “Quero alguém que me oriente, não com receitas prontas ou me encha de remédio, mas vá junto comigo, me mantendo a gestora da minha saúde. Envelhecer tem declínios, sim, mas podemos nos preparar para sermos gestores da nossa vida”, diz ela, aos 72 anos.
Diante de algum imprevisto, ela quer recorrer a um profissional que a conheça, e topou seguir a equipe de saúde na mudança do antigo endereço para a CliniCASSI Jabaquara. “É ruim ir em um médico que não sabe do seu histórico de saúde. Não é a leitura de um prontuário que muda isso, mas vivenciar com você”. De imprevistos, Maria Elisa entende. Em 2010 o coração deu sinais de algo errado. Ela tinha 58 anos, recebeu a indicação de cirurgia cardíaca, mas não aceitou e pediu alta. Desde então carrega na bolsa uma medicação para usar de emergência, em caso de surgir novo sintoma, mas nunca precisou. “Marco a data de compra, para saber o vencimento, descarto, quando vence, e reponho”, conta.
A decisão de não se deixar operar foi por acreditar que conseguiria gerenciar a própria saúde de outra forma. O costume de acompanhamento anual começou no Banco e permaneceu após a aposentadoria. “Aprendi, no trabalho, a fazer o checkup uma vez por ano e permaneci com esse costume. É questão de gerir nossa vida”, diz ela, que é convidada para escrever artigos e falar da experiência de quem segue ativa, agora de variadas formas.
A intuição de Maria Elisa estava certa e tem garantido o que ela considera ser um protagonismo do cuidado da própria saúde. "Trago todas as minhas dúvidas e saio daqui renovada, pronta para continuar bem, independente, proativa, a protagonizar a vida pelas décadas que tenho pela frente", declara ela com respaldo da sua médica de referência, Eliana Mendes de Souza Oliveira. “O idoso não precisa de um geriatra se tem um médico generalista que conhece a sua história, e a história dela está aqui. Nisso a CliniCASSI se diferencia da rede credenciada”, defende a médica.
E essa dupla dá certo, garante Eliana. “Funciona porque o cuidado é centrado na história de cada um, buscando autonomia. O paciente não se resume a uma doença. Não cuido somente da pressão alta do paciente, cuido dele como um todo.
Por que um médico generalista, em vez de especialistas?
Eliana usa o exemplo de uma situação que já vivenciou com paciente para explicar. “Uma pessoa vem ao consultório com uma caixinha de Losartana e outra de Aradois. Acha que são medicamentos diferentes, pois foi a um ESPECIALISTA que disse que ela precisava tomar Aradois e em outro, que receitou Losartana. Então o paciente toma medicamento em horários diferentes sem saber que se trata do mesmo medicamento”, conta. Por isso a necessidade de um profissional que gerencie o cuidado, que leve em conta os diferentes fatores que podem estar gerando o adoecimento, sejam fatores físicos, emocionais ou sociais.
Quando a especialidade médica é necessária?
“O especialista é fundamental para atender o que cabe à sua especialidade. Mas o paciente no especialista errado, com queixas indefinidas, em muitos casos, resulta em tratamentos inadequados e sem resolutividade. Ao contrário, quem tem um médico generalista com habilidades para ouvir e gerenciar o cuidado, é encaminhado para a especialidade no momento exato de sua real necessidade.”
Na avaliação da médica, a cultura de buscar diretamente especialistas atrapalha o próprio sistema de saúde. “Você ocupa vaga de outra pessoa que poderia estar ali sendo atendido pelo especialista. A especialidade médica é necessária, mas precisa atender o paciente correto”, reforça. Com a consciência de ser “dona do plano”, Maria Elisa defende ainda que ter um médico da CliniCASSI com referência em vez de buscar por conta própria diversas especialidades a permite estar “no azul”, gastando abaixo do valor da sua contribuição para o plano.
Modelo resolutivo
A enfermeira Lizandra Lima, entende que o novo modelo de CliniCASSI, com a oferta de especialidades médicas além da equipe de atenção primária, aumenta a resolutividade do serviço. “Aqui a pessoa consulta, faz exame e, se necessário, recebe medicação, e a CASSI sai na frente por oferecer especialistas. O médico de referência pode falar com o cardiologista sobre o paciente, facilita o diagnóstico e agiliza a solução. Há uma integralidade”, destaca ela que é responsável pela cartilha da Atenção Primária à Saúde da Unidas, instituição que reúne operadoras de autogestão em saúde, entre elas a CASSI, e que representa 4,3 milhões de beneficiários de planos brasileiros.
Como coordenadora das Comissões Técnicas da Unidas, ela tem acompanhado a implantação do modelo de atenção primária pelos planos de autogestão e defende esse modelo como o melhor para cuidado em saúde. “No SUS, 85% dos problemas são resolvidos na APS, pois a história do paciente está lá [com a equipe de saúde]” e ele é visto na sua integralidade, não como uma ilha passando por diferentes especialistas”, justifica.