Junho Laranja promove conscientização sobre anemia e leucemia

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Promover a conscientização e mobilizar a sociedade para prevenir a anemia e a leucemia são os objetivos principais da campanha Junho Laranja. A ação destaca a importância do diagnóstico precoce e da busca por tratamentos adequados, além de incentivar a doação de sangue e de medula óssea, que são essenciais para a recuperação e cura dos pacientes com leucemia.

A anemia não é uma doença, mas um sintoma caracterizado pelo baixo índice de hemoglobina no sangue, que fica abaixo do normal devido à carência de nutrientes essenciais, a exemplo do ferro – que provoca a anemia mais comum –, zinco, vitamina B12 ou proteínas. “A anemia é um achado laboratorial que pode estar associado a diferentes alterações clínicas”, explica a Dra. Pollyanna Domeny, hematologista do Centro de Infusão e Oncologia da Unimed Sergipe.
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Os sintomas da anemia podem variar dependendo do tipo e da duração da condição. Em casos de anemias crônicas, é comum observar fadiga progressiva, diminuição da atenção e concentração, além de indisposição, queda de cabelo e unhas quebradiças. Já em anemias agudas, os pacientes podem enfrentar dificuldades para realizar atividades extenuantes, com cansaço excessivo, taquicardia e falta de ar, conhecida como dispneia. Em casos mais graves, dores no peito e episódios de perda de consciência podem ocorrer.

Para prevenir o surgimento da anemia, é fundamental adotar hábitos saudáveis. Uma alimentação balanceada, incluindo o consumo de frutas, vegetais de folhas escuras, leguminosas como feijão, grão de bico, ervilha e lentilha, além de carnes vermelhas e brancas em quantidades adequadas, ajuda a garantir uma ingestão suficiente de ferro e dos demais nutrientes. Além disso, a prática regular de atividade física, o sono adequado e o controle do consumo de álcool também são medidas importantes para evitar o desenvolvimento da anemia.

O diagnóstico precoce é essencial, especialmente em casos de anemia aguda. “Qualquer suspeita de anemia deve ser prontamente avaliada por um profissional de saúde qualificado, para que seja realizado o diagnóstico correto e o tratamento adequado, se necessário", enfatiza a especialista.

Alerta sobre a leucemia

A campanha Junho Laranja conscientiza ainda sobre a leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas e pode ter graves consequências para a saúde. A leucemia é uma doença complexa, mas com o avanço da medicina e o diagnóstico adequado, é possível obter sucesso no tratamento. A conscientização sobre os sinais e sintomas, assim como a busca por assistência médica tem sido fundamental para aumentar as chances de cura dos pacientes diagnosticados.

A Dra. Pollyanna ressalta que a leucemia é um diagnóstico hematológico que resulta no comprometimento das células responsáveis pela proteção imunológica. Isso ocorre devido a uma produção anormal e excessiva dessas células pela medula óssea, o que pode levar a um quadro de anemia e diminuição da produção de glóbulos vermelhos. No entanto, é importante ressaltar que a anemia crônica não leva diretamente à leucemia, exceto em casos específicos relacionados à mielodisplasia, mais comum em idosos.

Assim como a anemia, a leucemia pode se apresentar de duas formas: aguda ou crônica. Na leucemia aguda, o risco de complicações graves é elevado, por isso é fundamental um diagnóstico precoce. “Nesses casos, é necessário realizar uma avaliação direta da medula óssea por meio de exames e análises feitas por hematologistas e patologistas. Além disso, exames moleculares são utilizados para verificar as características genéticas e moleculares da doença, o que influencia as opções de tratamento”, detalha a hematologista.

Nos casos de leucemia aguda em pacientes jovens, o transplante de medula óssea é uma opção frequentemente considerada. No entanto, antes desse procedimento, é comum que os pacientes passem por sessões de quimioterapia. Em alguns casos, como em crianças, a radioterapia também é utilizada durante o tratamento. Já nos pacientes idosos, que podem apresentar diferentes tipos de leucemia, a imunoterapia e medicações de controle a longo prazo são mais comumente empregadas.