Campanha destaca cuidados com doenças inflamatórias intestinais

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A campanha global Maio Roxo chama a atenção para as doenças inflamatórias intestinais, tendo como marco o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, celebrado nesta sexta-feira, 19. Com o objetivo de aumentar a conscientização e incentivar o apoio aos pacientes, a iniciativa busca desmistificar essas condições de saúde que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo.

O Maio Roxo reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico, além de mobilizar a empatia e o apoio a todos que convivem com essas condições, fortalecendo a busca por uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

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A Drª. Ana Carolina Lisboa, coloproctologista cooperada da Unimed Sergipe, explica que as doenças inflamatórias do intestino decorrem de um desequilíbrio do sistema imunológico e da microbiota intestinal. “São doenças crônicas, por vezes, com influência genética envolvida. Possui gatilhos de aparecimento ou de piora de sintomas com ansiedade e estresse. Os exemplos mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa”, comenta.

Sintomas

A especialista destaca que os sintomas mais comuns das doenças infamatórias intestinais são dor abdominal crônica, alteração de hábito intestinal, diarreia, muco, pus, anemia e emagrecimento.

“A doença de Crohn pode aparecer na boca com aftas múltiplas e recorrentes, estômago, delgado, cólon e ânus. É caracterizada por úlceras vistas na mucosa do trato gastrointestinal, grandes e profundas, em geral, associadas a edema e friabilidade. Já a colite ulcerativa é restrita ao cólon e produz uma inflamação difusa na mucosa colonica com erosão e úlceras múltiplas e contínuas, sangramento fácil e muco na luz intestinal”, detalha a Drª Ana Carolina.

Diagnóstico

Os estudos ainda não conseguiram identificar as causas exatas das doenças inflamatórias intestinais, mas sabe-se que há fatores genéticos envolvidos. Além disso, situações de negligência à saúde como alimentação inadequada, com abuso de açúcar, gordura e ultraprocessados, bem como tabagismo, sedentarismo e obesidade, aumentam o risco do desenvolvimento e do agravamento dessas patologias.

A colonoscopia é o exame padrão para o diagnóstico das doenças intestinais inflamatórias, podendo estar associada à ressonância magnética e à capsula endoscópica para maior precisão e detalhamento do quadro do paciente.

A Drª Ana Carolina enfatiza que o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento, a fim de conter a inflamação e reverter os danos nos tecidos do intestino, possibilitando a plena recuperação.