Tire suas dúvidas sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis

Com a chegada do mês de dezembro, o alerta para problemas transmitidos pelo ato sexual cresce graças à campanha Dezembro Vermelho, que conscientiza sobre a prevenção e o tratamento contra o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Não estranhe o termo: desde 2016, a expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) foi substituída por IST.

Como existem diversas informações sobre o assunto disponíveis por aí, sendo muitas delas incorretas, preparamos esta matéria para esclarecer os principais mitos e verdades sobre as doenças. Acompanhe!

Preservativo protege contra todas as ISTs – Mito
Apesar de ser o melhor método de evitar ISTs, a camisinha é capaz de proteger 95% das infecções. O HPV (Vírus do Papiloma Humano), por exemplo, pode ser transmitido apenas pelo contato com a pele.

É possível contrair uma IST mesmo sem contato sexual – Verdade
Existem várias situações em que é possível pegar uma IST mesmo sem ter contato direto com uma pessoa doente, como ao fazer uma tatuagem ou na manicure, por exemplo. Esses casos acontecem quando os materiais utilizados não são higienizados corretamente após terem entrado em contato com alguém infectado. Também é possível contrair infecções no vaso sanitário e com roupas íntimas compartilhadas, apesar desses casos serem bastante raros. Na dúvida, tenha cuidado e não corra riscos!

ISTs sempre apresentam sintomas – Mito
Muita gente não sabe, mas algumas infecções podem demorar anos até que os primeiros sintomas apareçam, como a Aids. Por isso é essencial estar em contato com seu médico de referência e manter os exames em dia.

Beijo na boca pode transmitir ISTs – Verdade
Feridas, mucosas e outras lesões na boca com secreção podem transmitir problemas como sífilis e herpes, por exemplo. No entanto o risco é mínimo, pois a boca não é um ambiente favorável para a sobrevivência de vírus e bactérias.

Mulheres grávidas com ISTs sempre transmitem a doença ao bebê – Mito
Apesar de algumas doenças poderem infectar o feto ainda no interior do útero ou durante o parto, com o tratamento médico certo é possível curar esses problemas e impedir que eles sejam passados para o bebê, como é o caso de sífilis, clamídia e gonorreia. Já a transmissão do HIV de mãe para filho, chamada de transmissão vertical, tem menos de 1% chance de ocorrer quando a gestante realiza o acompanhamento médico. Se a mulher não adotar nenhuma ação preventiva, no entanto, o risco de transmissão é de 20%.