Prazo para mudar custeio é debatido em PE

11ª apresentação da Diretoria reuniu mais de 300 associados em Recife


“O tempo de vida da CASSI, na minha visão, é dezembro de 2019. Até lá, temos de ter algo novo para que a CASSI possa continuar sobrevivendo e esta é uma decisão nossa.” A avaliação é do funcionário da ativa do Banco do Brasil em Recife José Antônio Guedes Mendonça, um dos mais de 300 associados que assistiram à apresentação da Diretoria realizada nesta quinta-feira, 15 de agosto, na capital pernambucana.

Ele chegou a essa conclusão ao ver a projeção de déficits médios de R$ 80 a 100 milhões por mês em 2020, com queda de R$ 550 milhões em receitas assistenciais decorrentes do fim dos aportes extraordinários (contribuição de 1% dos associados e ressarcimento, feito pelo BB, que se encerram em janeiro de 2019. Diante desse cenário, o curto prazo para que a CASSI encontre um modelo de custeio sustentável e capaz de reverter os indicadores em que apresenta desconformidade junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi um dos assuntos predominantes em Pernambuco. “Estamos entrando na UTI. Temos de nos adequar à realidade atual, em que a inflação da saúde é muito maior. Ou nos engajamos para reverter isso ou vamos, depois, sofrer as consequências”, falou Luiz Guimarães de Sá, aposentado do BB.

Para a funcionária da ativa Maria Cecília Londres, as mudanças vão além da forma de custeio: “A saúde não espera. O que pode melhorar a situação financeira é pagar um percentual maior e a maioria dos funcionários concorda com isso. Mas precisamos rever a estrutura da CASSI, o que pode ser enxugado e otimizado para não prejudicar o atendimento, que é o objetivo final.” O aposentado Riodecio de Almeida Silva também acredita que a solução não se resume à alteração das contribuições financeiras. “Ter alcançado superávit (no primeiro semestre) é um bom sinal, mas não serve como solução. Temos margem de solvência insuficiente e a partir de janeiro a situação se complica. Acredito que todos estamos dispostos a arcar com uma parte disso, associados e patrocinador. Mas a CASSI também precisa obter melhores condições de gerir o plano, negociar com prestadores de serviço e combater desperdícios.”

Na apresentação, o presidente Dênis Corrêa reforçou a importância de os associados buscarem informações sobre a situação da CASSI nos canais oficiais da Instituição: site, app, páginas CASSI no Facebook e no Instagram, e encaminhar dúvidas pelo Fale com a CASSI. “Estamos trabalhando para que as pessoas tenham a possibilidade de fazer a opção tendo, antes de tudo, a informação correta para tomar a decisão que julgarem melhor”.

Associados lotaram o Auditório da Super do BB, em Recife